segunda-feira, 13 de junho de 2016

O CHAKRA BÁSICO



O Chakra Básico é como um caldeirão da Energia do corpo. É nele que as forças interiores se agregam numa fusão energética alquímica para poder percorrer por todos os outros chakras nas suas funções específicas. O Caldeirão está situado no corpo na região da Bacia: ali tudo de monta e remonta numa espécie de "sopa energética" para que possam alimentar todas as outras estruturas. É uma região com ligações extremamente vitais para o corpo, pois sustentam  a base da coluna, do abdômem, do equilíbrio, da caminhada (tanto a física como a psicológica), dos órgão da reprodução e da excreção. Região profundamente ligada a Criação, onde fluxos energéticos ficam armazenados aguardando função de transcendência pela utilização dos outros Chakras na realidade objetiva.
Trabalhar a Mandala do Chakra Básico significa orientar os fluxos energéticos para que encontrem equilíbrio nos seus pontos de fusão, direcionamento nas suas mais peculiares formas de combinação e também oferecer contexto de equilíbrio de forças por meio das espectrometrias utilizadas. Fazer a mandala do Chakra Básico resulta em um entendimento fisiológico, psíquico e espiritual do processo alquímico da formação de Energia Básica, bem como na certeza de que é possível visualizar os processos como se estivessem sendo fotografadas de dentro do Chakra.
As mandalas do Chakra Básico podem sem trabalhadas com materiais que ofereçam experiências com as funções psicológicas (sentimento, pensamento, sensação ou intuição) associadas com materiais expressivos específicos (especialmente os materiais que remetam ao trabalho com as funções superior, secundária auxiliar, terciária auxiliar e inferior do paciente).
É importante pensar na mandala como um instrumento de reordenação e visualização criativa do centro energético, fazendo com que o resultado esteja desprendido de quaisquer análises estéticas ou técnicas previamente ou posteriormente observáveis. 
Qualquer dúvida, escrevam...
Gratidão, Paz e Luz.
Olá queridos e queridas Seres de Luz.
Após quase 5 anos sem postagens, desenvolvendo trabalhos no meu Ateliê Arteterapêutico, volto com uma série de escritos sobre as Mandalas dos Chakras que orgulhosamente venho desenvolvendo com muito sucesso e resultados profundamente significativos.
Acompanhem, sigam e comentem.
Ah, quero lembrar que os trabalhos (imagens e textos) são originais e autênticos, com direitos reservados, não tendo autorização para reprodução SEM O CONSENTIMENTO POR ESCRITO DO AUTOR.
Boa leitura a tod@s.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Os 4 elementos e a Mandala.

Muito se fala dos 4 elementos, mas, na prática são praticamente o "essencial invisível aos olhos". Na antiguidade, os povos pré socráticos (dos pensamentos de antes de Sócrates e Platão) orientavam-se nos seus cotidianos pela fenomenologia do "aqui-agora". Também ponderavam profundo respeito aos elementos que compõe o mundo: ar, terra, água e fogo. A relação dos povos pré socráticos com os 4 elementos era de aceitação e adequação, fazendo assim da condição humana um berço para a transformação junto com a mãe natureza.
À medida que os pensamentos de Sócrates e Platão foram penetrando as sociedades, com a primícia básica da busca do idealismo da verdade, o homem foi distanciando-se da fenomenologia em prol do desenvolvimento desse mar de imaginação idealística ao qual começou a ir de atrás. Não certo nem errado, o homem expandiu sua maneira de sonhar e ir de atrás de um ideal ao qual atribuiu-se uma verdade absoluta, muitas vezes impossível de se alcançar.
Face à essa desconexão do homem com o elemental da vida, Nietzsche veio e perguntou ao homem: para quê a verdade? E novamente o homem pode voltar a ter uma possibilidade de reencontro com seu inconsciente elemental. Essa pergunta pode o colocar de volta à própria Jornada de Herói, em busca de uma equalização dos 4 elementos para findar-se no 5º: A PRÓPRIA ESSÊNCIA DE SUA EQUALIZAÇÃO ELEMENTAL.
A mandala passa então para um status de miscelânea dos elementos, na busca do próprio homem em organizar-se por dentro. A mandala demonstra fagulhas dos 4 elementos em traços, cores e texturas para que possam ser organizados no contexto de vida do cliente em tratamento Arteterapêutico. O resultado só poderá ser contemplado com a obra do próprio artista de sí: em organizar-se elementalmente, na busca da sua própria essência. Dizer então que uma mandala é a própria essência de quem a faz? Sim, pode parecer uma afirmação coerente, "SE" o cliente em Arteterapia encontrar a si na obra final resultante do trabalho com os 4 elementos. E o resultado? É o 5 elemento: a harmonia resultada da própria organização interior dos elementais ancestrais resgatados pelo cliente.

O TRABALHO COM ESSA MANDALA DA FOTO:
Essa mandala é resultado do trabalho com as cores do elemento terra, em pessoa com "predominância" de elemento ar (no Tipo Psicológico), e consequente dificuldade em adequar-se à realidade dos fatos e fenômenos do cotidiano. O elemento ar predominante, nessa pessoa, mostrou que ela tinha uma forte manifestação de ideais complexos e impossíveis de se tornar realidade. O trabalho mostrou à pessoa que as possibilidades de argumentação interior com o mundo realístico são possíveis. As cores escolhidas e aplicadas de forma ordenada, mostraram a numinação do elemental terra que estava "esquecida" nos porões do inconsciente coletivo. Hoje, esta pessoa tem aceitado mais a fenomenologia exterior em respeito à fenomenologia interior que a faz perceber-se fora, naquilo que ela cria.
(resumo da atividade terapêutica, publicada com autorização sem identificação da pessoa - agradecimentos pessoais pela disponibilização).

sexta-feira, 22 de julho de 2011

De cor em cor na mandala...

A cor.
É encantador viver num mundo em que tudo que pode-se enxergar nos mostra as mais infinitas possibilidades de cores contidas na luz. Bem, essa história de que a cor vem da luz é um tanto quanto simples, visto que na ausência de luz, nascem os vultos e as sombras, de que cor? Nenhuma. Escuro talvez. Mas, então o escuro da ausência de luz é que mostra que somente com uma iluminação é que as cores existem? A princípio sim. E o que a cor, que vem da luz, tem a ver com a mandala?
Bem. também é simples. Sabendo que tudo o que se enxerga na luz torna-se colorido, pode-se afirmar também que tudo que vê-se com a LUZ INTERIOR DO ESPÍRITO torna nosso interior (antes sombra e escuridão) em CORES e FORMAS das mais variadas. Nessa dimensão interior, onde a LUZ INTERIOR DO ESPÍRITO nos mostra mais da gente mesmo, vê-se um círculo de novas idéias se formando. O círculo. Eis a ligação com a Mandala. O círculo interior, nosso Self à mostra, pode então ser representado no papel nas suas mais variadas cores e formas contempladas dentro, pela ILUMINAÇÃO DA LUZ INTERIOR DO ESPÍRITO.
Para tudo que se queira enxergar claramente, detalhe por detalhe em sua composição, deve-se existir a LUZ, seja ela de uma fonte externa ou de uma fonte interna. A interna, nos orienta à nós mesmos, enquanto que a externa mostra ao mundo que a própria orientação interior foi possível e posta em ação na representação de cores e formas num círculo chamado MANDALA.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Os fractais: áudio e/ou visual.


O som é material de áudio. Já a imagem, do campo visual. São dois elementos dissociados quando puros: o áudio ou o visual. Visto pelo olhar da psicologia, são duas "realidades" perceptivas distintas como função (função autônoma), mas simbióticas enquanto funcionalidade (função gestáltica). A fusão entre o áudio e o visual, de suas funções autônomas numa única funcionalidade simbiótica, resultam numa nova "realidade" psíquica: a audiovisual. Pois bem. Analisando por esse ponto de vista, temos então duas funções psíquicas para o trabalho criativo com som (o áudio e o áudio visual) e duas funções psíquicas para o trabalho criativo com o visual (o visual e o audiovisual).

Ao considerarmos apenas o visual autônomo como ponto de partida para o ato criativo, consideramos que qualquer aspecto visual CONTENHA o ESPAÇO que TEORICAMENTE pode produzir o som. Digamos que nos deparemos com um quadro onde há uma pintura de uma estação de trem. Imediatamente podemos RESGATAR da nossa MEMÓRIA SONORA os SONS possíveis de existirem naquele ambiente VISUAL. E assim, podemos ouvir INTERNAMENTE o som da imagem que vemos EXTERNAMENTE. Essa é a MÚSICA INTERIOR. Cada um tem a sua própria leitura sonora da imagem. SOMENTE QUANDO EXTERNALIZAMOS o que OUVIMOS INTERNAMENTE para integrar com a imagem que suscitou tal musicalidade interior expressada, é que o objeto artístico torna-se AUDIOVISUAL, da imagem para o som. (SOM DA IMAGEM, DO PONTO DE VISTA DO OUVINTE QUE O COMPÔS).

Ao considerarmos apenas o áudio autônomo como ponto de partida para o ato criativo, consideramos que qualquer aspecto sonoro TEVE ORIGEM num ESPAÇO, que TEORICAMENTE é um AMBIENTE CONCRETO de onde o som foi originado. Digamos que ouvimos uma sonoridade de um ritmo pulsante, com um ruído de água. Imediatamente podemos resgatar da nossa MEMÓRIA VISUAL as IMAGENS possíveis de enquadrarem-se com a sonoridade ouvida. Assim, podemos IMAGINAR INTERNAMENTE as imagens dos sons que ouvimos EXTERNAMENTE. Essa é a IMAGEM INTERIOR. Cada um tem a sua própria coleção de imagens evocadas por uma determinada sonoridade. SOMENTE QUANDO EXTERNALIZAMOS o que IMAGINAMOS INTERNAMENTE para interagir com a sonoridade que suscitou tais imagens interiores expressadas, é que o objeto artístico torna-se AUDIOVISUAL, do som para a imagem (IMAGEM DO SOM, DO PONTO DE VISTA DO IMAGINADOR QUE A IMAGINOU).


A partir disso, apresento as reflexões sobre os fractais e as sonoridades, no contexto audiovisual de apresentação.

As imagens que vemos nos fractais, são imagens feitas a partir de cálculos matemáticos. Existem dois tipos de fractais: os geométricos e os aleatórios. Ambos são calculados e precisos. A questão da interação desses cálculos com a música tem a ver com a programação da projeção da animação desses resultados calculados. Digamos que os resultados dos cálculos foram programados para serem apresentados em forma de imagens geométricas a cada batida que a música apresentar. Cada batida da música apresentará então uma forma geométrica, que será sucedida por outra forma na próxima batida, que será complementada por mais uma forma na batida subseqüente, e assim sucessivamente. Dessa maneira, veremos a imagem à medida que as batidas da música forem desenvolvendo-se. Esse fenômeno pode ser observado nos plugins de visualização do Windows Média Player. Pode-se inclusive fazer uma experiência com eles: colocar uma música bem lenta e observar as imagens que vão se formando. Depois colocar uma música bem rápida e observar as imagens que vão se formando. Após essas duas percepções, fica mais clara a função da música como geradora de "MOMENTOS" para que as "IMAGENS" se formem na tela.


Em suma: fractais são programados para formarem-se nas determinadas freqüencias sonoras à que foram programadas para surgirem. Podemos ser compositores de imagens, à medida que trocamos a música com a qual o programa de fractais é executado. Podemos oferecer ao cliente uma ferramenta de composição e expressão tecnológica para terapia. É um método particularmente interessante para jovens em fase de estruturação da personalidade, principalmente por alguns plugins de fractais formarem imagens múltiplas de mandalas. Podemos também aplicar as formas no contexto imaginativo, em séries de imagens que se sucedem num contexto meditativo. Aliado a uma determinada música do repertório individual do cliente, poderá servir até como uma espécie de "mantra" imagético. São inúmeras as aplicações dessa funcionalidade tecnológica, basta apenas que saibamos contextualizá-las PARA O mundo interior DO CLIENTE ou DO GRUPO em atendimento Arteterapêutico.


Bons Momentos.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A multiplicação dos potenciais da mandala.


É interessante observar uma mandala como apreciador. O apreciante capta as formas circulares e sua píque libera instantes de contato com as áreas circulares do profundo mundo interior. A conexão entre o visual externo da mandala e sua identificação com o mundo interno acontece imediatamente ao suspiro inicial de admiração pelo trabalho observado. É um fenômeno sutil, pois estamos acostumados a suspirar diariamente pelas mais diversas coisas que sentimos. Entretanto, o suspiro de admiração de uma mandala nos mostra exatamente o momento em que o portal de comunicação entre a nossa consciência e o nosso mundo espiritual interior se encontram.
Passado o momento fenomênico de identificação com a mandala, temos o mundo interno ao nosso dispor: o contato único com um momento inesperado de abertura de algum potencial ou talento desusado.
Toda a mandala traz em seu conteúdo uma porção de potencial e talento implícito, que é ativado no observador assim que o fenômeno de abertura acontece. Para isso, basta observar e se observar: a mandala interior pulsa tão linda como a mandala exterior. E dessa beleza, tiramos a força para a criação de novos caminhos para nossas soluções ociosas.
A aplicação da força interior despertada pela mandala é o potencial que devemos canalizar para as soluções práticas do nosso cotidiano. É ela que nos avisa que estamos vivos, e que dentro de nós existem inúmeros círculos de formas caleidoscópicas, para usarmos sem limites em nossa evolução.
Sendo assim, vamos observar mandalas....criá-las em nosso dia a dia com nossas atitudes mais nobres.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Os três níveis de representação da mandala, segundo JUNG.


Os estudos de Jung sobre as mandalas, nos faz entrar em contato com o universo psíquico projetado nos desenhos. Segundo Jung, as mandalas oferecem toda uma gama de simbologias que estão ligadas diretamente com os processos da fantasia, dos desejos, das motivações do inconsciente do indivíduo que a representa. Toda essa representação de conteúdos internos, é fundamental para que o indivíduo consiga visualizar aquilo que o toma diariamente, por mecanismos de atuação condicionada e automática. Possibilitar ao indivíduo a visualização dos processos internos, dá a ele a possibilidade de fazer o devido manuseio diante das revelações que os simbolismos da mandala lhe revela. Assim, a atuação do Arte terapeuta assume a função de mediação no processo de transcendência para a individuação dos temas.
Jung também pontua que percebeu nos orientais que desenhavam mandalas, uma motivação pelo "encontro com Deus", com o "Divino". Essa característica de centralização que a mandala oferece, pode explicar o movimento que os orientais fazem ao elaborar suas mandalas. O encontro com o centro, com o Self, é o Verdadeiro Encontro com a própria Essência: é a visualização do que temos por Dentro, aquilo que não conseguimos enxergar olhando fisicamente para nós mesmos. Nossa expressividade na mandala, nos mostra nossa Essência, nosso ponto de ligação com o Poder Maior que nos vivifica, com as estruturas que nos compõe como indivíduos e também das estruturas que nos compõem como seres sociais. Essas três estruturas propostas por Jung, são exemplificadas no desenho:


A estrutura psíquica segundo JUNG - Representação: Arthur Fernando Drischel.
Proibida Reprodução - Lei de Direitos Autorais.


  • Si mesmo é a representação da Essência (Self) e da nossa ligação com o Pode Maior que nos vivifica; 
  • Inconsciente pessoal é a representação das nossas vivências como indivíduo, nossa estrutura psíquica de interações com o Self;
  • Inconsciente coletivo é a representação das nossas vivências gregárias e das nossas memórias ancestrais.
Ainda seguindo as proposições de Jung a respeito da mandala, segue-se uma função indiscutível que a mandala oferece ao indivíduo: dar a noção de que toda a representação da psique na estrutura mandálica, pressupõe um CENTRO. O CENTRO pressuposto na representação da mandala é exatamente o que Jung chama de SI MESMO. O Si Mesmo então, precisa ser melhor esclarecido, para que não se confunda com o egocentrismo. O egocentrismo é quando a consciência do indivíduo está centrada nas vontades e desejos do EGO, e não nas missões e evolutividades propostas pelo núcleo da Essência do Si Mesmo. Existe uma diferença enorme entre estar egocentrado e centrado em Sí Mesmo. A diferença é a atitude. O Ego é uma estrutura que deve servir de FERRAMENTA para a constituição de elementos da personalidade, e não deve ser usado como GUIA de conduta. O EGO não tem ligação direta com o Poder Maior que o Si Mesmo tem, portanto, os conteúdos representados pelo Ego serão mais baseados em necessidades HUMANAS do que as ESPIRITUAIS. As necessidades Espirituais sim, são representadas pelo Si Mesmo, por estarem ligadas a um Poder Maior de Sabedoria, e são elas que mostram nossa missão e sentido de existência (da Sabedoria Espiritual que a vivifica). O contato com essa missão e sentido é que favorecem a saúde psíquica como um todo, pois, a harmonização da consciência com os Verdadeiros objetivos a que ela precisa operar, é que a tornam digna de ser usada saudavelmente em prol da evolutividade do ser mandálico em equilíbrio para sí e para a sociedade onde convive.


Fonte:
JUNG, Carl Gustav. Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo. – Petrópolis : Vozes, 2000. Cap. XII - O simbolismo das mandalas.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A cristalização de potenciais na mandala....

Proibida a reprodução - Lei de Direitos Autorais.
A cristalização.
É fato que a cristalização tem a ver com a concretização e solidificação de algo que antes era amorfo. Cristalização tem um sentido metafórico, porém bem objetivo: mostrar que jóias estão escondidas na nossa sombra interior. A sombra tem um errôneo rótulo de negatividade. A sombra, segundo C.G.Jung, é o nosso lado oculto, que guarda não só os conteúdos vividos e colocados lá pela inabilidade da consciência, mas que também guarda nossos potenciais desconhecidos. Ora, sombra não é ausência de luz? Então, como vamos encontrar os potenciais, os talentos, as virtudes e as qualidades na ausência da luz???
A mandala é o caminho, pois ela tem em sí a impressão materializada do Self. Sendo assim, a materialização da mandala como holograma de nossa vida intra psíquica, nos leva a ver o que fechando os olhos apenas não é possivel enxergar por dentro. A mandala mostra, na luz que bate na obra e estimula a retina, o que existe dentro de nós, o oculto numa sombra que nem sempre há algo de ruim.
As pedras então são as representações de nossos potenciais. Nossos tesouros interiores são as nossas ferramentas mais nobres, as que nos permitem evoluir no processo de escolhas e ações conscientes. Cada pedra colocada em uma mandala, é um caminho de possibilidades evolutivas dentro da própria capacidade inata de se auto gerir. É preciso conhecer os tesouros para tomar posse deles. E a mandala nos permite a esse encontro: o encontro com o que há de melhor dentro de nossa escuridão.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A mandala e a individuação.

É especial a relação entre a mandala e a individuação, proposta por C. J. Jung. A mandala tem uma característica única: o ponto central. O ponto central é a Origem do Ser. Em torno da Origem, a construção das cores e formas dão complementaridade à Essencia.
A construção ao redor do ponto central é a característica mais importante do "processo". Essa construção permite ao indivíduo "imprimir" o contexto que permeia seu ponto de origem, bem como seus caminhos e estratégias de vida intra psíquica para o contato interior consigo mesmo.
Curvas, retas, pontos, traços, segmentos, são todos relacionados diretamente com as posições neurais que procuramos quando mergulhamos dentro de nós mesmos em busca de algo que só está dentro, e que só se torna externo após voltarmos desse mergulho. A volta ao externo é exatamente o momento final da construção da mandala: a chegada na borda final, e sua finalização. O momento de exteriorização de sí dessa viagem interior é a contemplação do trabalho finalizado. Por isso uma mandala exerce tanta atração ao contemplador: sua contemplação é a contemplação das possibilidades de contato com o ponto de origem, o cerne da Essência.
Essa é a potência que uma mandala exerce. Uma individuação pelo processo. Pelo processo de descrever artisticamente os caminhos interiores que levam a Essência do Ser. Lembrando que a Essência do Ser e o contato com Ela, é a própria individuação em sí.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Do centro às bordas...


É impressionante observar uma mandala do centro às bordas. No centro há uma concentração peculiar, enquanto que nas bordas, há uma dispersão inerente. O centro também pode ser interpretado como o "núcleo" e as bordas como os "limites". E o que isso da mandala tem a ver com nós?
A mandala representa a Interioridade do Ser. Ora, o "núcleo" e os "limites" dessa Interioridade estão contidas na Obra. O núcleo pode ser também como um "fundo" que está lá e não se pode acessar em termos psiquicos. Os limites, podem ser também os caminhos já percorridos pelo Ser em busca dessa "descida ao fundo", nas tentativas de buscar o auto conhecimento. Da borda ao centro e do centro às bordas. Qual o movimento afinal que proporciona o auto conhecimento?
Bem, do centro às bordas, o auto conhecimento firma-se pela capacidade de "expandir-se", de "exteriorizar-se", ou mais comumente dizendo, de "extroverter-se". Vivenciar o movimento do centro para as bordas, em termos práticos, significa "vir de dentro" e "expor-se para o mundo". Esse movimento proporciona atitudes ao SER com os devidos talentos, potenciais e virtudes para uma expressão saudável e construtiva no mundo externo. Isso é a "evolução".
Já das bordas ao centro o auto conhecimento dá-se pelo movimento de "contração", de "interiorizar-se", ou mais comumente dizendo, de "introverter-se". Essa vivência é a essência da busca interior para que a expansão possa ser possível baseada na segurança interna do que se descobriu de útil lá dentro, no mergulho ao Centro de Sí.
Tanto um movimento quanto o outro, são vitais e necessários como as contrações e dilatações do coração. Podemos usar os termos científicos para definir a introversão e a extroversão como a "sístole" e a "diástole" psíquicas. São esses "movimentos" psiquicos que mantém a Essência do Ser em constante evolução tanto de dentro como de fora do corpo, buscando dentro o que quer se expressar fora e trazendo de fora o que quer se agregar pra dentro.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O interno e o externo....


Uma mandala representa o que mesmo?
Bem, pelo que ando lendo, ela representa a própria psique. É o desenho do Espírito, mas isso já falei numa postagem anterior. A mandala representa o INTERNO. Interno? Sim, o que está por dentro e é tão difícil acessar com os nossos 5 paaaaaarcos sentidos.
Nossa estrutura interna é inteligente. Ela é toda trabalhada na escuridão das sombras para se fazer viva na luz da exposição à consciência. É um sentido novo, que os 5 deixam a desejar. É o sentido INTUITIVO. E a Intuição que tira do Reino Interior das Sombras, isso aqui em cima que eu mostro e chamo de mandala. Como que a Intuição se faz Agente de Operações Internas eu desconheço, só sei que Graças a Deus, todos temos Intuição. E saber como ela funciona é inútil, porque o que realmente importa é tê-la e usá-la.
O intrigante da história toda é o trajeto que a Intuição usa para se fazer entender pelos próprios 5 sentidos. Ela exterioriza em forma de Obra, aquilo que quer mostrar do mundo Interno aos sentidos. O Externo é apenas um meio condutor da informação que sai, e que realimenta o próprio interior, agora iluminado pela luz de fora que re-ilumina a Obra feita. A luz de fora...! É do ambiente externo que captamos a luz que não ilumina nosso interior. E por que não ilumina? Simples, porque buscamos a luz errada. A luz que realmente ilumina nosso interior não está fora e nem nos outros, mas DENTRO. Ou por acaso as mandalas são apenas representações de formas e cores internas...??? Não, elas são muito mais...elas são a comprovação de que se lá dentro existe cor e forma que foram representadas aqui fora em desenho, é porque alguma LUZ de DENTRO já iluminou por lá em algum momento. Oras...é óbvio. A idéia de cores e formas vem da memória interna, e é de uma LUZ interna que um dia ali iluminou.
E pensei que nunca conseguiria um dia explicar e provar que existe sim LUZ dentro da gente...! Rs
Agora, foquemos na LUZ de dentro, porque a de fora, serve apenas para iluminar as belezas que conseguimos pintar sobre o que a LUZ interna um dia nos tornou MEMÓRIA.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O vazio e o preenchido...



"To vazio"...
Estar vazio é uma afirmação comum nos dias de hoje. Estar vazio é muito mais que estar num auto vácuo interior. Estar vazio é uma sensação de ausência...uma ausência "não sei do que" mas que está "faltando alguma coisa". O vazio é o resultado de quando o Espírito Interior está "fora do lugar". Quando o Espírito Interior fica fora, o lugar que ele deveria ocupar fica "VAZIO". Logo, podemos concluir que o vazio interior, é a "AUSÊNCIA DE SÍ MESMO". É também a "CONSCIÊNCIA DA AUSÊNCIA DE ONDE DEVERIA ESTAR O ESPÍRITO". E o que fazer?
Vamos imaginar uma folha de papel em branco. A folha em branco só é assim pela ausência de cores e formas. A folha em branco está VAZIA, sem desenho nem pintura alguma. O artista, pega a folha vazia e começa a preenchê-la com sua Ação Criativa. Preenche de cores e formas, até concluir seu trabalho. E assim o papel perde seu vazio original e ganha status de Obra com o preenchimento de cores e formas.
E na nossa vida?
Nós temos um ARTISTA INTERIOR para nos preencher por dentro e por fora. Nós somos os únicos responsáveis por esse preenchimento. Nossa Jornada de Herói de nossa individuação, inclui tarefas de preenchimento dos nossos próprios vazios interiores. O Artista Interior preenche o próprio vazio de dentro com as mais variadas colorações de atitudes e as mais variadas formas de talentos. Usar atitudes que elevam o Espírito faz com que o próprio Espírito preencha-se no vazio. O uso dos talentos lapidam e moldam formas no Espírito para que este encaixe-se com precisão em cada vão do vazio interior.
E é aí que entra a mandala. A mandala é a foto do Espírito. Tirar uma foto do Espírito com as mãos, desenhando-o em forma de mandala, exercita o próprio Espírito a se auto preencher nos vazios interiores. É pela Ação Criativa contínua de preencher vazios no papel, que o Espírito se manifesta em mandalas e que mandalas se manifestam em Espírito. A mandala sempre será um vazio preenchido, tanto no papel como no Interior de quem desenha ou a contempla. Nossa sensação de desenhar e ver as mandalas nos conecta com a Consciência Cósmica e nos livra da horrível sensação que o vazio provoca. E por que isso acontece? Porque o Espírito é uma mandala viva. Ao desenhar uma mandala temos uma Ação Evolucionista para que o vazio interior seja tão preenchido quanto o branco do papel. E é nessa atitude de Perseverança que conseguimos nos preencher: da mandala viva do Espirito Interior por dentro e da mandala Obra de Arte por fora.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O que esperar de Pandora???


Pandora, da mitologia, é a velha caixa interna que portamos, com todos os infortúnios que destituem um ser de sua Autonomia Espiritual. Pandora, é mais que uma caixa de desintegradores internos: é uma caixa dos horrores da humanidade. Pandora age produzindo escuridão, e assim toma o lugar da Luz da Ciência Interior, obscurecendo o mundo Espiritual Interno. Pandora sabe que onde não há Luz, não há cores e nem formas a serem vistas. Assim, Pandora é sutil e meticulosa, pois procura manter os meandros da Internalidade Espiritual na escuridão, pra esconder a própria Espiritualidade da Consciência Dela. Assim, na escuridão, Pandora lança e projeta seus mais ardilosos e diabólicos planos de desumanizade. Cegando o Espírito, Pandora consegue encarcerá-lo com um breu impositivo. Com o passar do tempo, na escuridão, o Espírito acaba "esquecendo" suas próprias cores e formas Originais. A Escuridão então, passa a ser uma força imponente, criada pelo próprio Ser que quis experimentar deliberadamente a determinados infortúnios que Pandora pode oferecer.
A mandala é a contraposição a isso tudo. Para uma mandala ser mandala, só é possivel de sê-la com o elemento oposto que Pandora produz: A LUZ. A mandala só é visível quando a Obra é Iluminada, com Luz mesmo. Ela contém em sí os elementos internos do Espírito, expressados na Obra. A Obra externa, iluminada, é a foto desenhada do Espírito Interno, mas como Ele É e Está na escuridão interna imposta por Pandora. E como agir nesse caso?
Mediar. Essa é a palavra da moda. Mediar a Luz para a escuridão. Como?
A mandala é um dos antídotos contra a escuridão interna imposta por Pandora. Nós, enquanto Agentes Criadores, devemos expressar o mundo interno numa Obra externa. Isso significa desenhar mandalas para podermos tomar consciência, com a luz externa, àquilo que não conseguimos mais identificar por nós mesmos. É assim que dá-se o início de uma jornada de destituição das forças destrutivas que se manifestam na escuridão. A Mandala desenhada vem à Luz; é o Espírito tornando-se manifesto à Luz da exposição externa e da Ciência Interna que a observa. A mandala contém inúmeros símbolos e significados que nos trazem de volta para o Espírito "esquecido" na escuridão Interna. E assim, com o resgate consciente do que foi obscurecido por Pandora, re-construímos e re-lembramos da Essência do que somos. São as cores e formas que se expressam na impressão de uma mandala desenhada, que nos mostram quem verdadeiramente somos. Na mandala nos vemos, nos conhecemos e nos empossamos do Espírito que sempre foi nosso, de fato.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A mandala em sí: um resultado concreto.


Para mim essa mandala é uma espécie de irradiação de Energia com elementos bem definidos por raios saindo de um núcleo. A aparência estética dessa mandala é um tanto quanto "informal", não só pelo resultado assimétrico, mas também pelos materiais usados e técnicas dispensadas na elaboração.
É muito peculiar observar os aspectos interiores em uma mandala. Nos faz pensar: o que o núcleo tem a ver com os raios? O que os raios tem a ver com o núcleo? E as estrelas? Nossa, nem tinha visto tantas estrelas!!!
A mandala manifesta é uma evidência de que Algo Interior está querendo dizer algo. O Agente Interior, está se (in)formando com cores e símbolos aqui do lado de fora na medida em que o desenho vai tomando proporção mandálica. Esse "Agente" é o que mesmo? É o Espírito? Ah...tá...achei que alguém ia pensar que não tínhamos o Espírito manifestando-se na obra, rsrsrs. E não é só o Espírito do Autor não...quem a observa, projeta seu próprio Espírito ali na mandala, no momento da contemplação.
Na mandala, "Algo Interior" está manifestado, eternamente se "comunicando" com quem a contempla. A mandala passa a ser uma fotografia capaz de mostrar como o Espírito está se comportando em relação ao corpo físico, mental e espiritual. É uma fotografia que o próprio Agente Interior imprime com as ferramentas nas mãos físicas em um suporte*. Fotografias quaisquer e nem mesmo a famosa máquina Kirlean** são capazes de revelar o contexto mandálico do Ser Interior que um desenho revela. A mandala desenhada, passa então a ser uma impressão concreta do Sentido Interior expressado na própria obra. A cor e as combinações finais da mandala são o resultado do estado do Espírito naquele momento. E essa interpretação, o próprio Espírito é capaz de interpretar, com ajuda de meditação e imaginação interior. Como? Trazendo a mandala pra dentro de nosso Espírito (com o olhar), para que Ele faça a leitura das sensações ali impressas no desenho. Funciona assim:
Clique na mandala e: PARE TUDO, OLHE-A FIXAMENTE, ESCUTE O QUE A VOZ MEIGA E SUAVE DA IMAGINAÇÃO IRÁ LHE DIZER... FIQUE O TEMPO QUE ACHAR NECESSÁRIO.
E comentem...
*Suporte: lugar onde é feito o desenho (papel, tela, parede, etc.)
**Kirlean: máquina que fotografa o halo aurático do ser. Joguem no Google...rs.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Uma mandala em construção...




Muito se diz sobre a leitura da personalidade no decorrer dos anos...vários métodos, várias culturas, varias ideologias, várias religiões, enfim.
Se formos parar nossa vida para tentar absorver todo o conhecimento formal a respeito do ser humano, sinto que uma vida seria pouco. Mas também seria uma atitude inútil, porque perderiamos todo o tempo absorvendo conhecimentos ao invés de colocarmos em prática. Falando em prática...
De que adianta um conhecimento sem prática? Pra que vale uma palavra de ação sem que essa ação seja exemplificada com atos concretos? Lembrando que, no dicionário existem somente 26 letras...e que um dicionário tem começo, meio e fim. E na nossa vida? Devemos viver nesses limites cognitivos que a ilusão verborrágica nos impõe?
Quando uma mandala está em construção, é possível imaginar a seguinte linearidade:
  • o centro, como ponto de apoio do início de tudo, seja qual for a questão projetada;
  • o entorno do centro, como a própria sensação que temos quando andamos em círculos ao redor de nós mesmos em busca de respostas que venham "de dentro";
  • o afastamento gradual, como prova de que, do centro de uma questão, existem variantes de respostas para mais ou para menos na auto busca Interior.
A sensação que temos quando construímos uma mandala é de uma liberdade exponencial. É uma sensação única, diferente dos conhecimentos cognitivos oferecidos nos livros. As mandalas nos oferecem liberdade simplesmente por permitirem uma leitura do Espírito. Essa liberdade de auto leitura é possível pela expressão infinita das possibilidade de combinação das cores, das formas e da amplitude do círculo total. É de uma infinitude como essa, que as 26 letras do alfabeto nos deixam a desejar explicações. As palavras em preto e branco jamais serão capazes de nos definir como a leitura interior através de uma Mandala. Mas, não é desse alfabeto que "ainda" usamos para nos "explicar"? Não é desse alfabeto que tentamos "ler nossa personalidade", finitamente?
Costumo ainda entender que uma mandala, é uma espécie de "fotografia interior" do Espírito. Se um dia fui incrédulo quanto a isso, pude reconectar minha consciência ao meu Espírito Interior simplesmente desenhando mandalas. Consegui me aprofundar em mim mesmo e compreender-me com mais consciência em cada mandala que desenhei. Talvez porisso sejam instrumentos muito mais antigos que as próprias palavras, milenares em todas as culturas. A profundidade de comunicação de uma mandala é indiscutivelmente muito mais ampla que as combinações das letras entre si, simplesmente por conter uma linguagem ligada ao Infinito do Ser.
E para que servem as palavras então?
PARA MIM, servem para explicar como chegar nos caminhos que levam ao Infinito do Ser, mas, sem o poder de nos guiar por eles.

(Clique na mandala pra vê-la maior).

terça-feira, 4 de maio de 2010

Estréia...O INÍCIO DE TUDO...


Quer um motivo melhor para estreiar um blog sobre Mandalas? AÇÃO! Isso mesmo. A mesma ação criativa que uso para produzir as mandalas, uso agora para produzir o blog. Esta estréia maravilhosa terá como tema: o início de tudo.

Tudo começa com algo que vem antes do início. E o que é esse "algo"? É a Energia Criadora, de onde vem não só a idéia como também a energia total para realização do algo que se almeja fazer. Oras. Então a Energia Criadora é responsável por tudo o que fazemos? A princípio, sim. Até Deus ao criar o Universo lançou-o como hoje experimentamos através de uma Energia Criadora...

Toda nossa Energia Criadora está disponível, assim como o endereço desse blog está, e você o acessa para ler essas coisas todas. O Endereço Universal da Energia Criadora é dentrodevc@procure-que-acha.mas"usecomdiscernimento". Tenho certeza que o caminho a percorrer é melhor por dentro da gente mesmo, do que por fora, nas estradas das vidas dos outros. Até porque, caminhar na estrada da Energia Criadora dos outros, nos faz sentir algo muito ruim e difícil de detectar: A INVEJA. E o sintoma que ela provoca é o esquecimento das próprias capacidades de encontrar a Fonte Interior de Energia Criativa.

Então, que a estréia desse blog seja uma semente para todos nós, para que possamos acessar mais a nossa Energia Criadora e empregar mais da nossa própria Fonte em todos nossos afazeres.

Bjs iluminados a todos.