quarta-feira, 5 de maio de 2010

Uma mandala em construção...




Muito se diz sobre a leitura da personalidade no decorrer dos anos...vários métodos, várias culturas, varias ideologias, várias religiões, enfim.
Se formos parar nossa vida para tentar absorver todo o conhecimento formal a respeito do ser humano, sinto que uma vida seria pouco. Mas também seria uma atitude inútil, porque perderiamos todo o tempo absorvendo conhecimentos ao invés de colocarmos em prática. Falando em prática...
De que adianta um conhecimento sem prática? Pra que vale uma palavra de ação sem que essa ação seja exemplificada com atos concretos? Lembrando que, no dicionário existem somente 26 letras...e que um dicionário tem começo, meio e fim. E na nossa vida? Devemos viver nesses limites cognitivos que a ilusão verborrágica nos impõe?
Quando uma mandala está em construção, é possível imaginar a seguinte linearidade:
  • o centro, como ponto de apoio do início de tudo, seja qual for a questão projetada;
  • o entorno do centro, como a própria sensação que temos quando andamos em círculos ao redor de nós mesmos em busca de respostas que venham "de dentro";
  • o afastamento gradual, como prova de que, do centro de uma questão, existem variantes de respostas para mais ou para menos na auto busca Interior.
A sensação que temos quando construímos uma mandala é de uma liberdade exponencial. É uma sensação única, diferente dos conhecimentos cognitivos oferecidos nos livros. As mandalas nos oferecem liberdade simplesmente por permitirem uma leitura do Espírito. Essa liberdade de auto leitura é possível pela expressão infinita das possibilidade de combinação das cores, das formas e da amplitude do círculo total. É de uma infinitude como essa, que as 26 letras do alfabeto nos deixam a desejar explicações. As palavras em preto e branco jamais serão capazes de nos definir como a leitura interior através de uma Mandala. Mas, não é desse alfabeto que "ainda" usamos para nos "explicar"? Não é desse alfabeto que tentamos "ler nossa personalidade", finitamente?
Costumo ainda entender que uma mandala, é uma espécie de "fotografia interior" do Espírito. Se um dia fui incrédulo quanto a isso, pude reconectar minha consciência ao meu Espírito Interior simplesmente desenhando mandalas. Consegui me aprofundar em mim mesmo e compreender-me com mais consciência em cada mandala que desenhei. Talvez porisso sejam instrumentos muito mais antigos que as próprias palavras, milenares em todas as culturas. A profundidade de comunicação de uma mandala é indiscutivelmente muito mais ampla que as combinações das letras entre si, simplesmente por conter uma linguagem ligada ao Infinito do Ser.
E para que servem as palavras então?
PARA MIM, servem para explicar como chegar nos caminhos que levam ao Infinito do Ser, mas, sem o poder de nos guiar por eles.

(Clique na mandala pra vê-la maior).

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